A meditação tem sido usada há milênios para muitos propósitos: desde aliviar o estresse físico e emocional até experimentar níveis mais elevados de consciência. Por isso, muita gente pensa que, para meditar, você deve fazer com que sua mente pare de pensar e seu corpo pare de se mover.
A verdade é que não há uma “receita de bolo” para essa prática. Existem diversos tipos de meditação, sendo que certa modalidade funciona para uma pessoa, mas pode não ser adequada para outra. Portanto, vale a pena conhecer técnicas diversas e entender qual delas se adapta melhor ao seu estilo.
Neste artigo, você vai saber mais sobre a meditação ativa e a meditação passiva, além de descobrir como as duas técnicas podem mudar a sua mente. Continue a leitura e confira!
Qual é a diferença entre meditação passiva e meditação ativa?
Quando pensamos em meditação, é comum imaginarmos uma pessoa extremamente calma e silenciosa, sentada de pernas cruzadas, praticamente imóvel. De fato, muitas vezes a meditação foca mais na respiração e concentração mental do que nos movimentos e, por isso, tal prática pode ser difícil para aqueles mais ansiosos e impacientes.
No entanto, esse tipo de pensamento restringe (de forma equivocada) todas as modalidades de meditação a apenas um tipo mais comum: a meditação passiva. Não é preciso limitar o seu conceito, já que, provavelmente, existem mais maneiras de meditar do que você imagina.
A meditação passiva
A meditação passiva é caracterizada como a entrada em um estado mental no qual o corpo pode restaurar sua energia e acessar sua paz interior. Normalmente, a prática envolve uma postura única e procura aquietar a mente, acalmando-a das distrações e preocupações excessivas.
As técnicas meditativas que trabalham a respiração, a visualização, a concentração e o relaxamento do corpo como um todo, sem a execução de movimentos bruscos, são alguns exemplos de práticas de meditação passiva.
A meditação ativa
As meditações ativas são baseadas na catarse, ou seja, na liberação e na expansão de emoções. Isso é feito por meio de muitos movimentos do corpo, atividades físicas e expressões verbais. Tal tipo de prática utiliza mais a imaginação ativa e a mente superior para criar uma mudança interna, receber insights ou treinar e aproveitar o poder da mente.
Também conhecida como “meditação dinâmica”, ela foi difundida no ocidente pelo famoso guru Osho, que procurou, assim, quebrar velhos padrões e barreiras que impediam as pessoas mais inquietas de procurar a meditação. Por isso, não se engane: gritar, dançar, pular e mover-se freneticamente, de forma livre (até a exaustão), também pode ser uma forma de meditar.
Quando devo praticar cada tipo de meditação?
Em um mundo muito agitado, no qual a maior parte das pessoas está preocupada, ansiosa e fazendo mil coisas ao mesmo tempo, permanecer sentado e quase imóvel para meditar sem sentir nenhum desconforto parece impossível. A ideia principal de Osho é inserir a meditação ativa como uma forma de libertação e preparação para as práticas passivas.
Sendo assim, a meditação ativa faz com que o praticante passe por uma “limpeza” emocional e mental, para que a energia possa voltar a circular de forma mais fluida e a pessoa se sinta mais leve, sensível e aberta para receber os benefícios da prática.
Além disso, é preciso levar em conta o fato de que cada técnica é adequada para um estado mental diferente. Se uma pessoa está ansiosa, preocupada com o futuro ou tem problemas de relacionamentos interpessoais, por exemplo, essas características já recomendam uma técnica de meditação ativa, pois é preciso reduzir o acúmulo de cargas mentais e desacelerar o ritmo de uma mente frenética.
Neste contexto, a meditação atua como um exercício de alta intensidade. Ao final dele, relaxar se torna mais fácil — e aí sim: é possível ter condições de meditar passivamente, trabalhar a atenção plena e desenvolver um sentimento maior de calma interior.
Por que conciliar as duas técnicas?
A maioria das técnicas de meditação que conhecemos hoje em dia se concentra em um ou outro dos dois principais tipos da prática. Porém, nenhum deles é excludente, e nada impede que você combine ambas as técnicas para aproveitar ao máximo os benefícios de cada uma delas.
As duas são importantes para o equilíbrio mental. Com o método mais caótico de meditação, é possível acordar o corpo, manter-se consciente, colocar as supressões para fora e tirar a atenção total da mente, movendo o foco para o coração e os sentimentos.
Já com uma técnica de meditação mais sistemática, por outro lado, a mente é fortalecida e harmonizada. A meditação passiva é importante para que o praticante aprenda a viver no momento presente, sem se deixar afetar pelas mágoas e falhas do passado ou possíveis ansiedades que tenha para o futuro.
Por isso, o recomendado é que (uma vez que a mente tenha se acalmado após a meditação ativa) a pessoa aproveite os resultados obtidos para mudar suas atividades, voltando-as para a meditação passiva. Assim, ela aproveita seu poder para renovar as energias e promover uma transformação interior muito mais completa.
Bônus: dicas e recursos que facilitam a prática
Por fim, é importante ter em mente que tanto a meditação ativa quanto a passiva exigem consistência em suas práticas para que possam ser realmente eficazes. Se você está adotando um método que exija algum tempo do seu dia, tente reservar este período específico apenas para a sua meditação. Então, deixe que ela se torne parte de seus hábitos rotineiros naturais (como escovar os dentes ou tomar o café da manhã).
No aplicativo Zen, é possível encontrar diversos tipos de meditação, com objetivos específicos para cada estado mental. Em alguns deles, você usará técnicas passivas para promover uma autoinvestigação e compreender melhor quem é, aproveitando apenas recursos da sua própria mente. Em outros, descobrirá métodos ativos para aliviar o estresse físico, desenvolver a concentração, se conectar melhor com seu (sua) parceiro (a) e muito mais.
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