Quando pensa em meditação, a maioria das pessoas imagina alguém sentado na posição de lótus, de olhos fechados, em um cenário paradisíaco e com a mente totalmente livre de pensamentos. Essa é uma das formas de meditar, mas não é a única. Aliás, mais importante do que esse ritual é alcançar o estado meditativo, e é aí que entra a atenção plena.
O estado meditativo é alcançado quando você está com a mente totalmente no presente, sem focar em julgamentos, lembranças do passado, ou preocupações com o futuro. Isso pode ser conseguido em qualquer atividade: Cozinhando, fazendo um exercício físico, dando uma volta pelo parque, fazendo uma atividade manual e etc.
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Atenção plena e a ciência
Também conhecida como “mindfulness“, a atenção plena é a técnica de meditação mais ocidentalizada. Por ser mais fácil para indivíduos que vivem em sociedades ocidentais e não têm a cultura da meditação, ela é a mais usada em pesquisas científicas.
Nos últimos anos, instituições como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, dedicaram diversas pesquisas a entender a ação desse tipo de meditação no cérebro e na saúde geral dos praticantes.
Esses estudos estão confirmando o que as sabedorias ancestrais das culturas orientais já sabiam há séculos. Vários benefícios da mindfulness já foram comprovados cientificamente.
Benefícios comprovados da técnica
Veja algumas das vantagens que a prática da técnica já mostrou em estudos:
Atua na plasticidade cerebral
O cérebro possui uma capacidade muito grande de mudar, se regenerar e estabelecer novas redes sinápticas. Isso é chamado de plasticidade cerebral. A prática de, intencionalmente, manter a mente focada no presente e relaxar, durante as sessões de mindfulness, fazem com que o cérebro adote esse modo de agir nos outros momentos do dia, estendendo este bem-estar.
Ajuda a diminuir ansiedade e estresse
Um estudo publicado no periódico científico JAMA International Medicine revisou mais de 19.000 pesquisas sobre a ação da técnica da atenção plena, e constatou que ela realmente ajuda a aliviar a ansiedade e o estresse. Pessoas ansiosas têm um problema para controlar pensamentos de preocupação. A prática às ensina a não se deixarem ser dominadas por eles.
Melhora a produtividade
Há duas bases da meditação que suportam esse benefício. A primeira delas é a respiração. Durante a prática meditativa, você faz respirações lentas e profundas, que levam mais oxigênio para o cérebro, melhorando o seu desempenho. Além disso, a concentração praticada durante as sessões é aprendida como padrão de comportamento do cérebro, e levada para outras dimensões da vida.
Aumenta a inteligência emocional
A base da inteligência emocional é conseguir controlar os impulsos e reagir às situações do dia a dia com mais racionalidade e sabedoria. A mindfulness ensina o praticante a identificar que ele não é seus pensamentos e que é possível reconhecer um sentimento e deixá-lo ir. Com o tempo, a pessoa aprende a extrapolar esse aprendizado para os momentos de atrito do cotidiano.
Quando praticadas nas culturas orientais, todas as técnicas de meditação, incluindo a mindfulness, têm como objetivo tornar a pessoa uma versão melhor de si mesma. Alguém que consegue lidar melhor com os obstáculos do dia a dia, tem maior sensibilidade e empatia nas relações e mais respeito consigo e com os outros.
Essa é uma dimensão da meditação que tem ficado muito esquecida com a abordagem científica ocidentalizada da prática, mas que faz parte de sua essência. Portanto, coloque a atenção plena em seu dia a dia, com foco maior no processo — e não nos resultados. Os benefícios virão.
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